TRILHO DO SISTEMA SOLAR

Modelo à escala 1 : 831 000 000 nas distâncias e nas dimensões dos principais astros do Sistema Solar.
O Sol, localizado no CEIA - Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida
de Corno de Bico, tem 170 cm de diâmetro e os
planetas à escala estão distribuídos ao longo
de um trilho com cerca de 8,6 km.

[ SABER MAIS ]

SOL 0 km0 minutos-luz0 segundos
a correr
0 minutos
a caminhar
0 UA
MERCÚRIO 57 910 000 km3.2 minutos-luz5 segundos
a correr
1 minuto
a caminhar
0.4 UA
VÉNUS 101 200 000 km6.0 minutos-luz15 segundos
a correr
2 minutos
a caminhar
0.7 UA
TERRA e LUA 149 600 000 km8.3 minutos-luz100 segundos
a correr
3 minutos
a caminhar
1 UA
MARTE 227 900 000 km13 minutos-luz2 minutos
a correr
4 minutos
a caminhar
1.5 UA
CERES 413 800 000 km23 minutos-luz4 minutos
a correr
8 minutos
a caminhar
2.8 UA
JÚPITER 778 600 000 km43 minutos-luz8 minutos
a correr
15 minutos
a caminhar
5.2 UA
SATURNO 1 433 000 000 km80 minutos-luz14 minutos
a correr
29 minutos
a caminhar
9.6 UA
URANO 2 877 000 000 km160 minutos-luz33 minutos
a correr
66 minutos
a caminhar
19.2 UA
NEPTUNO 4 503 000 000 km250 minutos-luz65 minutos
a correr
2 horas
a caminhar
30.1 UA
Imagem obtida com o instrumento Helioseismic e Magnetic (HMI) concebido para estudar oscilações do campo magnético na superfície solar (fotosfera), num comprimento de onda adequado para ver a formação de manchas solares visíveis. © NASA/SDO and the AIA, EVE, and HMI science teams.

O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteróides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, um diâmetro 109 vezes superior ao da Terra e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta.
Apesar de todos os outros corpos do Sistema Solar estarem a girar em seu redor, o Sol também gira em redor do centro da nossa galáxia - a Via Láctea. São precisos 225 milhões de anos para que o Sol complete uma órbita e já o fez cerca de 20 vezes desde a que se formou há cerca de 4,6 mil milhões de anos.

GPS: 41.91345, -8.49245 / N 41° 54.807, W 8° 29.547'

Mosaico de Mercúrio, na banda do visível e infravermelho próximo, obtido pela sonda Messenger (NASA). © NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington

Apesar das semelhanças com a Lua, Mercúrio tem um chão muito mais escuro, devido ao pó de grafite que cobre a superfície. Em Mercúrio a grafite existe em percentagens superiores às encontradas na Terra, Marte, ou na Lua.
A explicação mais aceite para a presença deste material aponta para que, há 4,5 mil milhões de anos, quando o planeta era ainda uma bola de magma, a maior parte dos minerais cristalizou e afundou, enquanto a grafite terá flutuado para a superfície.

GPS: 41.91289, -8.49269 / N 41° 54.773', W 8° 29.561'

Imagem obtida por radar da superfície de Vénus. © NASA/JPL

Quando observadas na banda dos ultravioleta, são perfeitamente visíveis as nuvens que cobrem completamente o planeta Vénus, e que impedem a observação direta da superfície deste planeta. Só através de observações por radar, como as efetuadas pela sonda Magalhães, foi possível penetrar nessa camada de nuvens, e revelar o terreno. A espessa atmosfera de Vénus é responsável pelo efeito de estufa descontrolado, que o torna no planeta mais quente do Sistema Solar.

GPS: 41.91285, -8.49376 / N 41° 54.771', W 8° 29.626'

Composição de 3 fotos obtidas pelo satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), a uma distância de 1,5 milhão de quilómetros da Terra. © NASA

A Terra é o único planeta do Sistema Solar com água líquida na sua superfície, água esta que cobre mais de 70% da superfície do nosso planeta. No entanto, 97% da água no nosso planeta é água salgada, com apenas 3% de água doce. Desta, cerca de 69% (ou pouco mais de 1,7% da totalidade da água do planeta) está sob a forma de gelo, nas calotes polares e nos glaciares, enquanto 30% está no subsolo.

GPS: 41.91262, -8.49423 / N 41° 54.757', W 8° 29.654'

Composição de 3 fotos obtidas pelo satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), a uma distância de 1,5 milhão de quilómetros da Terra. © NASA/GSFC/Lunar Reconnaissance Orbiter

A Lua, o nosso satélite natural, foi até agora o único corpo celeste alguma vez visitado por seres humanos. Visto da Terra apresenta manchas escuras, conhecidas por Mares, que durante milénios a humanidade julgou estarem cheios de água líquida. Na realidade, são zonas compostas por basaltos, que se formaram por arrefecimento rápido de lava. Os Mares são exclusivos do lado visível, não existindo no lado oculto da Lua.

GPS: 41.91262, -8.49423 / N 41° 54.757', W 8° 29.654'

Mosaico de 102 imagens de Marte, obtidas pela Sonda Viking Orbiter, a cerca de 2500 quilómetros do planeta. © NASA/JPL-Caltech

O planeta Marte é o lar de algumas das maiores estruturas geológicas do Sistema Solar. O Vale dos Marinheiros (Valles Marineris) é um desfiladeiro com cerca de 3000 quilómetros de extensão, tem zonas que chegam aos 9 quilómetros de profundidade, e margens que estão a 100 quilómetros uma da outra. Também a maior montanha do Sistema Solar fica em Marte - O Monte Olimpo, com 3 vezes a altitude do Everest, e uma área da base semelhante a toda a Península Ibérica.

GPS: 41.91214, -8.49513 / N 41° 54.728', W 8° 29.708'

Imagem em cores naturais de Ceres obtida em maio de 2015, pela sonda Dawn. © National Aeronautics and Space Administration (NASA) / Jet Propulsion Laboratory (JPL) / California Institute of Technology e Justin Cowart, The Planetary Society

Ceres é um planeta anão que se encontra na cintura de asteroides, entre Marte e Júpiter. Foi descoberto dia 1 de Janeiro de 1801 por Giuseppe Piazzi, no entanto já tinha sido previsto por Johann Bode em 1772.
A sua atmosfera é muito ténue, formada principalmente por vapor de água que sublima e deixa a superfície. É constituído essencialmente por rocha e gelo e possui muitas crateras de baixo-relevo na sua superfície. Ceres foi o primeiro objeto a ser considerado um asteroide. Em 2006 juntamente com Plutão integrou a categoria de planeta anão, sendo o mais pequeno deles todos.

GPS: 41.91041, -8.4968 / N 41° 54.625', W 8° 29.808'

Imagem de Júpiter obtida pelo Telescópio Espacial Hubble a 21 de abril 2014, com a Wide Field Camera 3. © NASA, ESA, e A. Simon (GSFC)

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, com 11 vezes o diâmetro da Terra. Assim, em volume, caberiam dentro de Júpiter cerca de 1330 Terras. Este planeta é um gigante gasoso, com tempestades que ultrapassam os 500 km/h. Uma das características mais reconhecidas deste planeta é a Grande Mancha Vermelha, um anticiclone com mais de 300 anos. Tem mais de 60 luas conhecidas, tendo as quatro maiores sido descobertas por Galileu Galilei em 1609.

GPS: 41.90679, -8.49919 / N 41° 54.407', W 8° 29.951'

Mosaico de 30 imagens de Saturno, obtidas pela sonda Cassini (NASA). © NASA/JPL/Space Science Institute

Saturno é famoso devido aos seus anéis, mas estes não são, como aparentam à primeira vista, anéis perfeitos. Na realidade são milhões de blocos de gelo, que podem medir entre alguns centímetros e vários quilómetros. Como o gelo reflete muito bem a luz do sol, para os ver da Terra, basta um instrumento que aumente cerca de 30 vezes a imagem. Este planeta é também muito pouco denso – se fosse possível colocar Saturno num recipiente com água, este iria flutuar.

GPS: 41.89933, -8.50151 / N 41° 53.960', W 8° 30.091'

Composição de imagens na banda do infravermelho, do planeta Urano. © Lawrence Sromovsky, University of Wisconsin-Madison/W.M. Keck Observatory

À semelhança dos gigantes gasosos, também os gigantes gelados têm anéis, tempestades violentas e furações, que no caso de Urano, alcançam os 900 km/h. Os gigantes gelados têm uma atmosfera superior de hidrogénio, semelhante aos gigantes gasosos, mas o seu interior será um "manto" gelado. A cor de Urano é devida ao terceiro componente mais abundante na sua atmosfera, o gelo de Metano.

GPS: 41.88403, -8.50559 / N 41° 53.042', W 8° 30.335'

Imagem de Neptuno obtida pela Sonda Voyager 2, a mais de 7 milhões km de distância. © NASA/JPL

Neptuno foi o único planeta do Sistema Solar cuja existência foi prevista através de cálculos matemáticos, por Urbain Le Verrier, que guiaram o alemão Johann Gottfried Galle à sua descoberta, em 1846.
Apesar de ser mais pequeno que Urano, é mais massivo (e portanto mais denso) que o outro gigante gelado do Sistema Solar. É também em Neptuno que encontramos as mais violentas tempestades do Sistema Solar, com ventos que ultrapassam os 2000 km/h.

GPS: 41.86745, -8.51819 / N 41° 52.047', W 8° 31.091'