Desvendada a história da formação estelar em galáxias distantes
Uma equipa internacional de astrónomos, que inclui o investigador do CAUP Pedro Viana, estudou as galáxias mais luminosas de 20 enxames de galáxias distantes e descobriu que a maioria das suas estrelas se formaram logo a seguir ao início do Universo. Pedro Viana (que é também professor no Dep. de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) e os seus colegas publicaram um estudo preliminar em 2009 na revista Nature, e recentemente um estudo mais detalhado, aceite para publicação na revista The Astrophysical Journal. Até agora, e baseando-se essencialmente em modelos teóricos semi-analíticos, os astrónomos pensavam que a maioria das estrelas destas galáxias se teria formado “recentemente”, ao longo dos últimos milhares de milhões de anos, à medida que essas galáxias se iam fundindo com outras galáxias na sua vizinhança. No entanto, as observações recentemente realizadas com o telescópio japonês Subaru, demonstraram que estas galáxias, cuja luz demorou até cerca de 10 mil milhões de anos a chegar até nós, tinham já a maioria da sua massa estelar formada quanto emitiram a luz que agora recebemos. Mas tal ocorreu numa altura da história do Universo em que as fusões de galáxias teriam sido ainda insuficientes para conseguir induzir um nível elevado de formação estelar. Viana explica que esta descoberta é importante porque "Indica que serão necessárias melhorias nos modelos teóricos existentes, que procuram explicar a formação das maiores galáxias no Universo. Isto requer um aprofundamento da investigação dos processos físicos que permitiram a formação estelar tão rapidamente após o Big Bang". Mais informações: |
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