31 março 2010
O Sol tem um ciclo médio de actividade de 11 anos. Este ocorre porque a nossa estrela gira mais rapidamente no equador do que nos pólos, originando um "arrastamento" das linhas do campo magnético solar (ver fig. 1). Ao fim de 11 anos, este arrastamento provoca uma inversão dos pólos magnéticos, que voltam à mesma orientação ao fim de 22 anos. À superfície o Sol tem um indicador desta actividade - as manchas solares. Estas são zonas onde campos magnéticos localizados "prendem" o plasma solar, que deixa de ter movimento convectivo e por isso arrefece. Quando mais manchada estiver a superfície do Sol, mais actividade tem a nossa estrela. Inversamente, quando o Sol está numa época de mínimo de actividade, a superfície tem poucas ou nenhumas manchas (ver fig. 3). No entanto, segundo Bernhard Fleck, um dos cientistas do observatório solar SOHO, "Este último mínimo foi maior e durou mais tempo do que toda a gente previa". Nos últimos dois anos, a Sol esteve completamente desprovido de manchas durante mais de 70% desse período. Isto levou a que os cientistas temessem um novo mínimo de Maunder. Finalmente, o Sol "acordou" em Dezembro do ano passado, com um primeiro grupo de manchas, seguido de outro ainda maior em Janeiro, acompanhados de vários outros nos últimos meses (ver fig. 2). No entanto, não é esperado que o próximo máximo seja tão intenso como os anteriores. Segundo Fleck "Acho que nos estamos a dirigir para valores semelhante aos registados no início do séc. XX, quando a actividade solar era menor". Os registos históricos mostram que só nos últimos anos é que a actividade do Sol esteve invulgarmente alta, o que significa que esta diminuição não é preocupante, sendo antes um voltar à normalidade. Segundo as previsões actuais, o próximo máximo deverá ocorrer em 2013. Notas: Mais informações: |