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Centro de Astrofísica da Universidade do Porto

VLTi Spectro-Imager, O Instrumento de Espectro-Imagem do Interferómetro VLTI do ESO

PTDC/CTE-AST/68915/2006

Investigador responsável
António J. R. A. Barbosa (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal)

Investigador responsável no CAUP
Paulo J. V. Garcia

A participação portuguesa no consórcio que está a desenvolver o instrumento VLTI Spectro-Imager para o ESO é um esforço pioneiro que pela primeira vez envolve todas as instituições líderes em astronomia e instrumentação para a astronomia a nível nacional – CAUP, FCUL e INETI. Esta participação, por um lado, estende e reforça a experiência no desenvolvimento de instrumentos para o ESO da equipa da FCUL e INETI que desenvolveu e colocou recentemente em funcionamento no ESO a câmara de infra-vermelhos de alta resolução CAMCAO. O projecto, a construção, a integração e o teste da câmara de infra-vermelhos CAMCAO, pelo consórcio português, resultou na acumulação de experiência em óptica, mecânica, criogenia, controlo e aquisição de imagem, bem como na integração e teste de instrumentos complexos para o ESO. Por outro lado, continua a colaboração do CAUP com o LAOG que se traduziu já numa co-tutela de uma tese de doutoramento no âmbito do instrumento AMBER para o VLTI. O CAUP actualmente coordena o grupo de ciência do VLTI Spectro-Imager, desenvolve em parceria com o INESC-Porto R&D em recombinadores de óptica integrada para interferometria, e participa em projectos do 6º PQ nesta área. As responsabilidades da equipa portuguesa ao nível da construção do instrumento VLTI Spectro-Imager, que são incluídas nesta proposta, nomeadamente, o desenvolvimento da infra-estrutura de calibração e alinhamento e do subsistema de ‘Relay Optics’, fazem uso da experiência obtida nos projectos anteriores. Com a construção da intrumentação para o futuro ELT do ESO ainda num futuro longínquo, a participação portuguesa de segunda geração para o VLTI fornece-nos uma excelente oportunidade no desenvolvimento de instrumentos de astrofísica para o ESO.

O VLTI Spectro-Imager é um instrumento que está a ser desenvolvido por um consórcio europeu para funcionar no VLTI para realizar síntese de imagens correspondendo à obtenção de uma resolução angular de multi-arco de segundo incluindo informação espectral. O instrumento vai explorar a natureza única do interferómetro VLTI do ESO que inclui 4 telescópios de 8 metros e vários telescópios de 2 metros de diâmetro.

Os objectivos do instrumento estão centrados no estudo da cinemática e morfologia de objectos astrofísicos compactos, para comprimentos de onda no infra-vermelho próximo como no ambiente AGN, nas regiões de formação de estrelas, superfícies estelares e ambientes circumestelares. As responsabilidades atribuídas pelo consórcio internacional à equipa portuguesa estão centradas na infra-estrutura de calibração e alinhamento do VLTI Spectro-Imager que realiza não só o alinhamento relativo ao VLTI, o alinhamento do Fringe Tracker, a calibração da interna da resposta do interferómetro e a calibração do espectrómetro e do detector. As responsabilidades que nos foram atribuídas estendem-se também, para além dos estudos de ciências coordenados pelo CAUP, à ‘relay optics’ que implementa a interface entre o feixe de luz proveniente dos ‘optics combiners’ e o feixe de entrada do espectrómetro, incluindo as fontes de para calibração do espectrómetro e a separação de polarizacões.

Embora a concepção do VLTI Spectro-Imager esteja já muito avançada, o instrumento está ainda numa fase inicial de desenho, o que facilita a integração da equipa portuguesa na estrutura global do consórcio. O desenvolvimento do projecto encontra-se na realização dos estudos de Fase A e está planeado iniciar o desenho detalhado no fim de 2007, iniciar o fabrico no início de 2009 e realizar a integração e teste em 2010. o instrumento deve ser ‘comissioned’ em 2011. Para ir compatibilizar este calendário com a estrutura de financiamento portuguesa, a participação nacional é separada em 2 projectos, esta proposta com uma duração de 2 anos que cobre todos os estudos, protótipos e desenvolvimentos até ao desenho final detalhado e um segundo projecto que está planeado para iniciar em 2009 que enquadrará o fabrico, a integração e o teste bem como o ‘comissioning’ do instrumento.

Instituição financiadora
Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Início: 27 agosto 2007
Fim: 31 janeiro 2010


Fundação para a Ciência e Tecnologia

Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma nova, mas muito aguardada, estrutura de investigação com uma dimensão nacional. Ele concretiza uma visão ousada, mas realizável para o desenvolvimento da Astronomia, Astrofísica e Ciências Espaciais em Portugal, aproveitando ao máximo e realizando plenamente o potencial criado pela participação nacional na Agência Espacial Europeia (ESA) e no Observatório Europeu do Sul (ESO). O IA é o resultado da fusão entre as duas unidades de investigação mais proeminentes no campo em Portugal: o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL). Atualmente, engloba mais de dois terços de todos os investigadores ativos em Ciências Espaciais em Portugal, e é responsável por uma fração ainda maior da produtividade nacional em revistas internacionais ISI na área de Ciências Espaciais. Esta é a área científica com maior fator de impacto relativo (1,65 vezes acima da média internacional) e o campo com o maior número médio de citações por artigo para Portugal.

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