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Centro de Astrofísica da Universidade do Porto
6 February 2014

No fim de um ano de atividade, o projeto SPACEINN1 (CE/FP7) teve um impacto significativo em temas como a caracterização de estrelas (incluindo sistemas planetários), e modelação da atividade solar, através de técnicas de hélio- e asterossismologia2.

Entre os muitos sucessos deste consórcio, representado em Portugal pelo Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP3), contam-se estudos que aumentaram o nosso conhecimento sobre estrelas que albergam planetas, a produção de um catálogo de mais de 500 estrelas do tipo solar, e simulações heliossísmicas, que foram postas à disposição da comunidade científica.

O SPACEINN procura também melhorar o acesso e uso de dados provenientes de missões espaciais (ESA e/ou NASA) como a SOHO, SDO, CoRoT, Kepler, ou ainda preparar missões futuras como a PLATO, complementando com dados provenientes de observatórios terrestres como o GONG ou BiSON.

Durante os próximos 3 anos, espera-se que o SPACEINN continue a colher os frutos desta rede de investigadores, de diferentes institutos, aumentando cada vez mais o que sabemos sobre o Sol e outras estrelas.

Notas:

  1. O SPACEINN é um projeto de 4 anos, financiado pela Comissão Europeia (FP7-SPACE-2012-312844) que junta 17 dos principais grupos de investigação em hélio- e asterossismologia, provenientes de 10 países europeus (incluindo Portugal) e dos EUA. O SPACEINN surge no âmbito da rede europeia HELAS, financiada inicialmente pela comissão europeia em 2016, e que foi responsável por um aumento da produtividade científica nestas áreas estratégicas por um fator de 2,5.
    O consórcio é composto por Kiepenheuer-Institut fur Sonnenphysik (KIS), Instituto de Astrofisica de Canarias (IAC), Commissariat A L Energie Atomique et Aux Energies Alternatives (CEA), Max Planck Gesellschaft Zur Foerderung Der Wissenschaften E. V. (MPG), Istituto Nazionale de Astrofisica (INAF), Katholieke Universiteit Leuven, Observatoire de Paris, Centro de Astrofisica da Universidade do Porto (CAUP), University of Birmingham, Aarhus Universitet, Universite Paris-Sud, Agencia Estatal Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC), Det Kongelige Bibliotek - Nationalbibliotek og Kobenhavns (KB), Magyar Tudomanyos Akademia Csillagaszati es Foldtudomanyi Kutatokozpont (MTA CSFK), AURA, University Corporation for Atmospheric Research Nonprofit Corporation (UCAR), Universite Paul Sabatier Toulouse III.
  2. A Asterossismologia é o estudo do interior das estrelas, através da sua atividade sísmica medida à superfície. Em sismologia, os diferentes modos de vibração de um tremor de Terra podem ser usados para estudar o interior da Terra, de forma a obter dados acerca da composição e profundidade das diversas camadas. De uma forma semelhante, as oscilações observadas à superfície de uma estrela também podem ser usadas para inferir dados sobre a estrutura interna e composição da estrela. A Heliossismologia é o caso particular da asterossismologia, aplicada à nossa estrela, o Sol. No caso da nossa estrela, a proximidade permite-nos ir ainda mais longe na análise dos diferentes fenómenos que tem lugar no Sol, mas com impacto em todo o sistema solar.
  3. O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) foi criado em maio de 1989 e iniciou as atividades em outubro de 1990. É uma associação científica e técnica privada da Universidade do Porto, sem fins lucrativos e reconhecida de utilidade pública. Inscreve entre os seus objetivos apoiar e promover a Astronomia através da investigação científica, da formação ao nível pós-graduado e universitário, do ensino da Astronomia ao nível não universitário (básico e secundário) e da divulgação da ciência e promoção da cultura científica.
    É o maior instituto de investigação em Astronomia em Portugal, com mais de 60 colaboradores. Desde 2000 que é avaliado como "Excelente" por painéis internacionais, organizados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
1. Dopplergrama do Sol, obtido às 14:24 do dia 6 de fevereiro 2014, pelo Solar Dynamics Observatory. Imagem: SDO (NASA) 2. Algumas das missões espaciais que usam técnicas de asterossismologia. Imagens: NASA/ESA/CNES